Nota de Abertura



Iniciado, com imagens do "Campo Grande", em 13 de Julho de 2015, o "Misérias de Lisboa" nasceu da constatação da existência, na Cidade, de inúmeras situações que patenteiam, para quem quiser ver e para quem não tiver outro remédio senão ver, a ineficiência do Estado, designadamente a devida à inércia ou à morosidade na atuação da Câmara Municipal ou do sistema judiciário.

Não comecei com um plano definido.  Vou, sem tempo, onde os meus passos levam, ou onde alguém sugere que os deva eu levar.

Mostro-vos imagens que não mentem, e factos que, salvo algum erro involuntário - que pode, sempre, ser publicamente apontado em comentário -, são rigorosos, trazidos da observação direta, ou recolhidos nas fontes referidas nos textos.

Há muitos sites na Internet com belas imagens de Lisboa de agora e de antigamente.  Mas poucos, muito poucos, mostram a Lisboa esquecida, a que existe por detrás dessas belas imagens, mas que com elas coexiste, desprezada, ignorada por quem não deveria deixar que ela acontecesse; e que, uma vez acontecida, a ela se deveria dedicar.

Trago-vos, apenas, imagens feias, algumas chocantes, de presentes inexistentes, de futuros incertos, de passados que já foram.
Ad perpetuam rei memoriam

Sem qualquer, mais ou menos declarada, tendência ou questão de política partidária, procurarei manter, em todos os casos, as mais estritas fiabilidade e imparcialidade;  mas sem abdicar do direito de me interrogar e de me indignar, sempre com a convicção, sincera e profunda, de que a atitude, o grau de competência e a maior ou menor capacidade de dinamização e de revitalização da Cidade, por parte da Câmara que aceitou geri-la, estão intimamente ligadas à forma como a Autarquia serve o interesse público e trata, também, cada Cidadão, salvaguardando ou desprezando os mais legítimos interesses individuais do mesmo.

Por isso mesmo, todos os alfacinhas são aqui convidados a exercer, quanto às Misérias que vão encontrando em Lisboa, o mais rigoroso escrutínio sobre a sua Câmara Municipal e demais entidades responsáveis pela gestão urbana.  Também sobre outros organismos do Estado, cuja inércia ou ineficiência esteja a produzir impactos negativos sobre a Cidade que é de todos nós.

Com uma exeção:  não há, aqui, lugar para questões pessoais ou para casos individuais.  Apenas para aquilo que a todos nós, alfacinhas, possa interessar.

Por favor, enviem as vossas sugestões através da página "SUGESTÕES".

Sejam bem-vindos!

Cidadão Alfacinha

PORQUE LISBOA NÃO PODE FICAR ASSIM...


"... por prevalecer o número dos votos mais que o peso das razões"

Padre António Vieira, in "Sermões - Cartas do Pará"


PS:  Também não morro de amores pelo novo acordo ortográfico, muito menos pelas múltiplas ilogicidades de que me parece enfermar.  Mas a Lei é para se cumprir.  É mesmo assim.  Não vale a pena inventar.


Alguns Links:
Lisboa abandonada: quase 5 mil edifícios devolutos
Edifícios Devolutos em Lisboa - Lista de 2002
Portugal em Ruínas

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