domingo, 4 de setembro de 2016


Insólito: HISTÓRIA DE AUTISMO E PREPOTÊNCIA


Avenida Magalhães Lima


Casario maioritariamente de um ou dois andares, baixa densidade populacional,
no Bairro do Arco do Cego, junto à Escola Secundária de Dona Filipa de Lencastre.

As pessoas que para lá foram morar tiveram, durante largos anos, onde parar o seu automóvel, no parque em espinha adjacente aos passeios, de um e do outro lado da rua.

Até que...  algum iluminado daqueles que têm um pó aos automóveis que nem os podem ver - exceto ao carrinho deles, evidentemente, que comodamente estacionam em lugar privativo da vivenda ou do moderno edifício com garagens - entendeu por bem reduzir drasticamente a quantidade de lugares de estacionamento disponíveis, eliminando o parque em espinha e substituindo-o por um parque longitudinal.

Fê-lo, porém, no pressuposto de que a medida - naturalmente lesiva do direito dos residentes ao estacionamento - seria passivamente aceite, sujeitando-se os munícipes, como, perante tão importantes e municipais desígnios, não poderia deixar de acontecer.

De tão segura que estava a nossa Edilidade da cega obediência que lhe é devida, nem se deu ao trabalho de eliminar a faixa adjacente ao passeio, na qual estiveram, em tempos, desenhados os lugares em espinha;  e, como ia ficar para sempre assim, nem mandou pintar os lugares:  marcaram-nos em sólida pedra branca !

É claro que só podia dar asneira:  enquanto alguns - muito poucos - lá iam estacionando nos limites das novas marcas longitudinais, outros, desesperados por um lugar, continuaram a para o carro no mesmo sítio que antes




Agora, imaginem a confusão dos fiscais da EMEL, e o desespero de quem quantas vezes não terá, estacionando em espinha, ficado quase bloqueado pelos automobilistas "cumpridores".



Mas então, qual a solução ?

Bem, como aquilo era uma vergonha e não podia ficar assim, ao fim de muito tempo a sorte parece ter acabado por vir de um daqueles projetos muito bem publicitados, em que se evidencia muito os valores e os prazos de execução, mas...  se omite, convenientemente, o dia em que eles começam a contar, não vá alguém lembrar-se de se por a fazer contas que não convém fazer...







Toca, então, de arranjar umas quantas pedrinhas cinzentas...






... pegar na serra circular e rebentar com as pedras brancas, a ver se a gente se esquecia de que alguma vez lá tinham estado;  é que estas inutilidades custam dinheiro aos munícipes, não é verdade?








Depois, foi tirar o pó que ficou, lavar aquilo tudo e...  pintar, novamente, o parque em espinha, como não podia deixar de ser.


Agora digam lá:
  • não lembra tudo isto a história do estacionamento que, no chamado Eixo Central, ia ser ser sacrificado em favor de duas ciclovias que meia dúzia de gatos pingados iria utilizar?
  • e não poderia ter tudo isto sido evitado, não fora a arrogância prepotente de uns quantos líricos que parecem ter perdido todo o contacto com a realidade do quotidiano da nossa Cidade ?
  • quem irá responder pela asneira?  Alguém?  Ou "ah, foi sem querer!...!  Desculpem lá!"

Dá que pensar...
(imagens obtidas entre 19.05.2016 e 09.09.2016)


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