segunda-feira, 13 de junho de 2016


MURTAS



No fim do artigo, não perca a coleção completa de graffitti do
MURO AZUL!
118 graffitti para todos os gostos!

Deixando o Campo Grande, a pé, depois de passar a Universidade Autónoma, virando à direita na Avenida General Norton de Matos - Segunda Circular -, encontrei um passeio de calçada de vidraço, que talvez permitisse uma caminhada até ao Aeroporto Humberto Delgado.




Mas não...


Poucos passos dados, a calçada acaba, dando lugar a um caminho miserável que nos leva...  onde?


Fui ver....





O caminho é ladeado, à esquerda, por um arruinado muro,
pelo qual, a fazer fé na placa nele aposta,
é responsável a Câmara Municipal de Lisboa.




Sempre ladeado, à esquerda, pelo tal muro que, supostamente, delimitará uma propriedade municipal, o caminho prossegue, nada cuidado, abandonado, até desembocar numa zona que, olhando para trás, constatei ficar próxima das traseiras do edifício do Externato São Vicente de Paulo.


Voltando a dar meia volta, deparei com uma coleção de graffitti que vim a saber ser conhecida como o "Muro Azul", e que decora o perímetro exterior do Parque de Saúde de Lisboa, antigo Hospital Júlio de Matos.
Passei perto de quatro horas a fotografá-lo, e, como já disse, deixo a coleção completa no fim deste artigo.
No fim do caminho, até à estrada que circunda o muro...  um extenso baldio.
Ao fim do muro que, à mão esquerda do mal cuidado caminho, sempre me acompanhou, deparei com a nobre entrada das inesperadas instalações da Câmara Municipal de Lisboa.
É verdade que não há dinheiro para tudo.
Mas há, também, vergonha na cara...
Adiante...
Acompanhando a secção Leste do Muro Azul, uma daquelas desertas e mal cuidadas ciclovias, com o piso todo rebentado, que parecem reproduzir-se de forma incontrolada por esta Cidade das Sete Colinas...  que não tem ciclistas, porque, simplesmente, é demasiado desnivelada para isso, coisa que os nosso Edis parecem ter uma quase autista relutância em, de uma vez por todas, aceitar.

Durante as duas horas que passei a fotografar aquela secção do Muro, por ela circulou UM ciclista.
Já se vê a enorme utilidade de uma ciclovia que "comeu" nada menos de METADE da faixa de rodagem.

Ao longo da secção Oeste do Muro, ruínas... ----->





<-----  ... uma oficina abandonada,




e, por fim, o Bairro das Murtas.
O Bairro estende-se por sete lotes correspondentes a mais de uma centena de andares de habitação social, propriedade da Câmara Municipal da nossa Cidade que mandou construir os edifícios para realojamento de quem habitava algumas das barracas então existentes na zona.

"Algumas", porque por lá continuam a existir diversas casas miseráveis, barracas e barracões.



















Os edifícios - municipais, recorde-se - que integram o Bairro, propriamente dito, apresentam um aspeto muito degradado  ---->


Enfim, muito fala Frei Tomás...



Constantemente sobrevoados por aeronaves, não serão, também, um oásis de tranquilidade e sossego mas, enfim, sempre é melhor do que morar nas antigas barracas, dirão alguns...


Nestas condições, os moradores bem necessitam de algo que os anime:  embora, talvez, sem o brilhantismo do Muro Azul, a Paróquia do Campo Grande deu, também, o seu contributo na decoração do muro, na secção fronteira ao Bairro das Murtas.



Aqui ficam alguns exemplos deste  louvável trabalho.






O resto do Bairro, até ao Campo Grande, são mais baldios, ruínas, casebres...

Ah, e carros, claro.
Estacionamento completamente desordenado, e onde calha, a vontade do freguês.

Bairro das Murtas:  mais um espaço lisboeta completamente degradado, vizinho da Avenida do Brasil, e ali bem junto ao Campo Grande.

Como prometido, segue-se a coleção completa de graffitti do
MURO AZUL

Longe de ser uma "miséria",
seria, sem dúvida, miserável algum dia alguém apagar os desenhos.
Já bastam os danos a que o trato do tempo os não poupará...

Aqui ficam, pois, para memória futura,
pela ordem em que lá os encontrarão,
e pedindo desculpa pela menor qualidade das fotos,
tiradas num dia de sol radioso...  e de sombras, claro está.















































 















 

 

















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Alguns Links:
Sobre o Muto Azul
Diagnóstico do Bairro das Murtas, pelo Centro Social Paroquial do Campo Grande (2013)



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