domingo, 25 de outubro de 2015


Insólito: A ÁRVORE À JANELA




Não sei, nem faço ideia, há quantas décadas este imóvel estará nestas condições.

Mas sei, porque vi, que uma sementinha encontrou, nos escombros, terreno fértil para germinar e se desenvolver.

Sei também, porque vi, que essa sementinha deu origem a uma árvore, de dimensões já muito consideráveis, cujos ramos saem, já, pelas janelas do primeiro andar.

E, não sendo botânico ou jardineiro, palpita-me que uma árvore destas demora vários anos (muitos!) a atingir este tamanho.

Mesmo ao lado, na Avenida Duque de Loulé, a Câmara Municipal de Lisboa licenciou uma obra gigantesca já em construção.

Será que ainda não deu por isto?


Deixo-vos, também, uma imagem do "interior" do imóvel .
Fica no número 50 da Rua Bernardo Lima, ao Conde de Redondo, para quem quiser ver.

câmara municipal de Lisboa

Este local situa-se na área geográfica de intervenção da Junta de Freguesia de Santo António.


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segunda-feira, 19 de outubro de 2015


RUA MARIA PIA


Hoje, convido-vos a subir a Rua Maria Pia, no extremo Oeste de Campo de Ourique, na nossa alfacinha cidade de Lisboa.

As edificações são, em boa parte, casas térreas, muitas delas devolutas e, mesmo, em estado de ruína, ou quase.

O estado geral das construções é paupérrimo, como podemos constatar, por exemplo, através da observação das traseiras deste pequeno conjunto.

Mas percorramos, metodicamente, a artéria, onde o pequeno comércio local se mistura, ainda, com o tráfico de estupefacientes e sabe-se lá que mais.

Preparemo-nos para um calvário longo, monótono, de edifícios indiferenciados, sem graça, sem histórias para contar.





Logo ao deixar para trás Alcântara Terra,
dão claros sinais de estar devolutos os armazéns sitos no 12 e no 16.









Um pouco acima, morre, aos poucos, o 24 e, depois dele, o 32, térreo.


Diz-se que este muro, à mão direita de quem sobe, foi reparado recentemente.

Quem diria...




À mão esquerda, onde não há casas, há disto.
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Mas ainda bem que acabaram com as barracas na Maria Pia...









Do outro lado da rua, um carro à porta e alguma roupa a secar numa janela do rés-do-chão não chegam para negar que o 48 se encontra devoluto.  Ou quase... --------->

Também um carro à porta do 163 nos diz que poderia estar ocupado.  No entanto, o que, das traseiras, é possível ver da rua, sugere, claramente, o contrário. ↓





171, 173...  outras casas, outro carro, a mesma história.

Ou nem tanto:  aqui, pelo menos, existe um projeto... em fase de apreciação desde 2009.






Do outro lado da rua, o 74 a 82.  À venda.  Vazio, ao que parece.  Vazio, também o 84, logo a seguir.

Não são só as casas térreas, que, na Rua Maria Pia, vão ficando para ali...


Atravessando a rua, o 231.
Mesmo o 229, enfim, sabe-se lá...
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Já devem, também, ter notado o cuidado com que é fiscalizado o estacionamento numa rua estreita, onde passam autocarros...



146, 172 a 176, 236 a 240...
Quanto a imóveis devolutos, a Rua Maria Pia parece uma interminável sequência de números,
que quase dispensa palavras.

Algo diferente, aqui.

No entroncamento com a Estrada dos Prazeres, junto a um chafariz desolado e seco que alguém decorou com uma garrafa de cerveja vazia, fui abordado por uma pessoa dos seus trinta e muitos, parcialmente desdentada, a cuspir, enquanto falava, os restos de um pão com queijo, que me atirou:  «Qu'é que queres, pá?  "Meias brancas"? Hoje tá tudo fechado!».


Este bloco talvez comece no 284.  Ou talvez não.  Os números de porta não abundam, nestas paragens...

O cor-de-rosa, um pouco mais para cima, também não tem número.  Mas está devoluto.  Ou parece.

Aqui, nada se sabe ao certo.  Poucos cadeados há nos prédios devolutos.  Guiemo-nos, tanto quanto possível, pelas cortinas nas janelas.  As que ainda não tiver rasgado o tempo.


Aqui, mais um animador aspeto do outro lado da tal rua onde já não há barracas... ---------->


O 385, do mesmo lado, um pouco acima ↓













O prédio quatrocentos e picos, onde terá funcionado uma coletividade...
Logo ao lado, o 413, o 415 e um pequeno baldio.
Do outro lado da rua, igual a tantos outros,
o 292 a 296.
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Sem carros mal estacionados à porta,
o que não deixa de surpreender.
A este bloco, em contrapartida, não faltam carros mal estacionados
Não tem é um único número de porta.
↓ Começa, presumivelmente, no 423, do lado esquerdo de quem sobe. 
Notem, também, o estado das traseiras... que, como já vimos,
na Rua Maria Pia, não é exceção.

Segue-se um baldio - de dimensões consideráveis, para aquelas paragens -,
o 429, à venda, e... novo baldio, embora mais modesto do que o anterior.
Continuaemos a subir, aproximando-nos do termo de uma rua com um nome histórico,
mas sem grande história que dela se possa contar.
Este prédio é o 541 a 549, mas só fiquei a saber os números das portas através do Edital 397/UITCH/DCHCOL/2015, de 24 de Fevereiro, que convida à audiência prévia dos interessados quanto a uma intenção de intimar a obras de... demolição. 
Vendo o perfil do edifício, não será difícil, a um leigo, adivinhar a razão...  e interrogarmo-nos sobre o motivo pelo qual ainda vamos na fase de audiência prévia.  Essa, é que é, parece-me, a verdadeira questão.


Está vazio, há muito tempo há venda, o prédio que começa no 564, na esquina com a Rua de Campo de Ourique.
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Mais dois, já perto do Alto do Carvalhão, só para rematar. 

Maria Pia.
Um nome nobre, numa rua torta de uma zona pobre de Lisboa.
Como investimento, interessa a ninguém.
Só mesmo quando algo ameaça ruir, alguém, para lá, se digna olhar.


O mais do quadro desapareceu, sob uma nódoa de tinta escura.
Foi o esquecimento que entornou aquela tinta.
Teixeira de Pascoaes



Nota:  as imagens aqui apresentadas foram obtidas entre 03 e 31 de Agosto de 2015




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Alguns Links:
Rua Maria Pia - Postal Antigo (Mosaicos em Português)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015


PRAXES EM LISBOA


Servem, teoricamente, para acolher os "caloiros";  para os mais velhos . e, supostamente,  mais experientes e mais sensatos - os ambientarem, para fazerem com que se sintam em casa, no meio dos seus pares do meio académico.

Enfim, a praxe académica serve, teoricamente, para que qualquer novo estudante, em qualquer universidade, se sinta bem.

As imagens abaixo ilustram dois simples casos - entre tantos, tantos outros - ocorridos simultaneamente que nos demonstram que a prática é, porém, bem diferente da teoria apregoada.
Ministério da Eucação
Na margem Leste do lago maior do Campo Grande, vemos, à direita na fotografia, um grupo de senhores quase doutores, trajados a rigor, que, com o seu ar iluminado e cativante, convenceram um conjunto de caloiros a aceitar ser praxados por eles.

Ora, o nível de acolhimento que encontramos nestas praxes em Lisboa vê-se logo qual é:  os desgraçados caloiros amontoados à esquerda, na imagem, estão para ali a ouvir os "sábios", quantas vezes a pouco mais proferir do que impropérios que obrigam os mais novos a repetir, aos berros, para grande incómodo de quem passa nada tendo a ver com toda aquela anormalidade.

Mas, no primeiro caso aqui documentado, o que espera os infelizes que não estão trajados de negro?
Universidade de Lisboa

Nada mais, nada menos, do que uma espécie de batismo com água do garrafão - vá lá, pelo menos não é a do lago, que até foi mudada há pouco tempo... -, em que lhes derramam o líquido sobre a cabeça, enquanto proferem o sempre disparatado e incongruente discurso característico da generalidade das praxes, sem ponta por onde se lhe pegue, e sem qualquer conteúdo - quanto mais didático ou acolhedor, como talvez fosse de esperar.

* * *

Por que razão, por vezes já bem dentro do ano letivo, os graúdos, vestidos a rigor, desperdiçam precioso tempo de estudo, deles e das suas voluntárias e imbecilizadas vítimas?

Faculdade de DireitoVítimas que a tudo se sujeitam, numa postura de acrítica subserviência e vacuidade intelectual, talvez a aprender como se faz para quando chegar a vez de serem eles a fazer o mesmo, numa interminável demonstração da paupérrima educação detida por básicos que, quantas vezes, nem duas frases seguidas conseguem alinhavar.


Por que motivo temos de assistir a estes tristes espetáculos em Lisboa, que nunca teve tal tradição?

As praxes, tão importantes para esta gentinha medíocre, até têm códigos de conduta, imaginem!  E os tipos que as promovem e orientam dão-se nomes de fazer inveja ao mais humilde elevado reitor!

Sabem, por exemplo, o que é um dux veteranorum?  O "estudante" que por lá "estuda" há mais tempo;  logo, provavelmente, um dos piores alunos, que nunca mais passa, e que vai ganhando estatuto através da antiguidade, apesar de míseros resultados académicos.  O cábula, o repetente...

Será aos caprichos de pessoas destas que o rebanho de caloiros se entrega, de forma tão obediente e submissa?

Se assim for, estaremos perante atividades que não passam da utilização de caloiros para a a gratificação egocêntrica de cábulas cuja presença não deveria, porventura, ser, sequer, tolerada no ensino superior!

Haja vergonha!

* * *

As imagens que vos trago foram obtidas em 8 de Outubro de 2015;  e, mesmo em data já tão serôdia, não se trata de duas situações isoladas, não.

No segundo caso fotografado, no lago da zona Sul do Campo Grande, o ritual é outro:  aqui fazem os caloiros andar dentro do lago.  Sabe-se lá porquê. Sabe-se lá para quê.

Aqui reside, parece-me, o âmago da questão:  o que são e, afinal, para que servem estas anuais demonstrações de imbecilidade, degradação e selvajaria a que chamam praxes académicas?
Faculdade de Letras
As praxes continuam, e continuarão, ainda, por alguns dias do Outono, por toda a Cidade, quais demonstrações públicas de vacuidade mental, de imbecilidade, de vaidade e de inutilidade, perante a complacência - já para não falar de apoios... - dos responsáveis pelos estabelecimentos de ensino, sejam eles reitores ou pseudo-reitores.

É que quanto a praxes, não há distinção:  sabem delas quer reitores das universidades mais egrégias, quer das recém desempacotadas à pressão, quer os diretores de escolas e institutos superiores.

Sabem, porque não podem deixar de saber.  Todos sabemos.

Mas nada fazem, porque não se atrevem, porque até é giro, porque também fizeram, porque é bom para o marketing, porque também eles são mal formados, ou sabe-se lá porquê!

Universidade NovaAlguns, procuram - ainda que sem atos, com meras declarações - demarcar-se, fazer a diferença.  Mas os bons hábitos não se propagam junto de outros responsáveis, também eles com uma bem patente e elementar falta de educação cívica;  ou interviriam.  Decisivamente!


* * *

A imprensa é prenhe de relatos de abusos, até de maus tratos, de casos do foro criminal.

Por que razão a PSP não põe cobro a esta loucuras, a estes desvarios, que em nada dignificam a nossa Cidade?

A Polícia, que tão intolerante se mostra em certos casos (veja o primeiro link abaixo), atua, aparentemente, com dois pesos e duas medidas;  e, muito provavelmente, omite-se porque tem instruções superiores para tal.

Porém, segundo um parecer da Procuradoria-Geral da República citado pelo Expresso, "manifestação será o ajuntamento em lugar público de duas ou mais pessoas com consciência de explicitar uma mensagem dirigida a terceiros".

Ora, aquilo nas imagens não são manifestações?  Dezenas de indivíduos em hordas ululantes, que estão, indubitavelmente, a passar uma mensagem dirigida a terceiros?

É que, não fosse a mensagem dirigida a terceiros, fariam aquela porcaria toda em privado, no recato das instalações da faculdade;  e não em público, a incomodar e, quantas vezes, a ofender os passantes.

Porcaria, sim:  já repararam bem no estado calamitoso em que ficam as ruas e os jardins depois destes indivíduos terem passado por lá?

Estarão devidamente autorizados?  Terão licença emitida pela Câmara Municipal de Lisboa?

Claro que não!

Por que esperam as autoridades e a CML, então?

A Universidade é, supostamente, um local de elevação da mente e do espírito,
um local de meditação, de reflexão, de investigação.

Não é, não pode ser, ainda que pontualmente,
um santuário de humilhação!



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Alguns Links:
Para a PSP Duas Pessoas São uma Manifestação (Expresso)
Ainda os Dux.... 24 Matriculas??!!! Em Coimbra não há prescrições?
Dux Veteranorum (Wikipedia)
Dux Veteranorum
Praxes em Lisboa (Observador)
Praxes em Lisboa
Foi Praxado? (Público)
Código de Praxes (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa)
Campanha de Informação sobre Praxes Académicas (Faculdade de Letras da UAL)
Praxe Académica (Wikipedia)

segunda-feira, 5 de outubro de 2015


CONVENTO DE SANTOS-O-NOVO




Mandado edificar no séc.XVII, por Filipe II, em memória de três santos mártires, o Convento de Santos-o-Novo viria a ser definitivamente desafetado do culto no séc.XIX.

Serve, presentemente, como casa de recolhimento.

O claustro, de dois pisos com treze arcos de volta redonda, é o maior da Península Ibérica, e encontra-se classificado, tal como a igreja e suas dependências.




No entanto, os sinais de degradação são evidentes, a começar, precisamente, pelo claustro, cujos arcos, com se vê nesta imagem, apresentam sinais nítidos de necessitar de uma intervenção urgente. 

Como nem sequer é visitável... "deixa andar".
Ou, então, anda muita gente distraída...



Preocupante é, também o que já se vai vendo nas paredes exteriores do edifício, nas quais, sintomaticamente, os graffiti, começam, também, a aparecer, como é apanágio das estruturas degradadas.






Já se sabe que há, por essa nossa Cidade, edifícios classificados em muito pior estado do que este.


Mas será, mesmo, necessário deixar, também este, chegar a esse "pior estado" para que,
muito tempo depois
e com muito maior dispêndio do que se fosse intervencionado agora,
alguém se interesse por recuperar a dignidade entretanto perdida?



Faz-se alguma coisa, ou...
"fica mesmo assim"?


Este local encontra-se na área geográfica de intervenção da Junta de Freguesia da Penha de França.


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Alguns Links:
Convento de Santos-o-Novo (DGPC)
Santos-o-Novo (Mosteiro de) (RevelarLX)
Mosteiro de Santos-o-Novo de Lisboa (Torre do Tombo)
Convento de Santos-o-Novo (Wikipedia)

quinta-feira, 1 de outubro de 2015


RESTAURANTE PANORÂMICO DE MONSANTO





Mandado erguer, em 1967, pela Câmara Municipal de Lisboa, foi inaugurado no ano seguinte, como restaurante predileto das elites do Estado Novo.

Acabaria, todavia, por se tornar manifesta a falta de viabilidade económica do empreendimento, especialmente dada a distância do centro da Capital, bastante agravada pelas notoriamente deficientes acessibilidades.

De facto, o acesso é miserável, por uma estrada de asfalto que desafia os melhores amortecedores.

O edifício de cerca de 7000m² e construído a 205m de altitude, é, no entanto, ainda hoje um dos melhores miradouros alfacinhas, com uma deslumbrante vista sobre praticamente toda a Cidade.



Desenhou-o Chaves da Costa, e decoraram o seu interior Luís Dourdil ( murais ), Manuela Madureira ( azulejos ) e Querubim Lapa ( painéis ).
Após diversas mudanças de mãos, de encerramentos, de reaberturas, o restaurante ter-se-á finado já no início deste século.

Desde então, as sucessivas e intensas vandalização e degradação levaram-no ao estado que as imagens que se seguem documentam, em que os graffiti ultrapassam, claramente, em quantidade os poucos elementos decorativos que ainda por lá ainda se aguentam.

A vandalização só parece ter, agora, parado, porque, tirando um baixo relevo no exterior, uns painéis no interior - ainda intocados - e, no piso inferior, algumas madeiras, parece já nada mais haver para furtar ou destruír.





Quem o visitar em dias de ventania, ouve, por todo o lado, a queda constante de vidros de outros materiais que por lá andam, ainda, pendurados pelas janelas e pelos tetos.


Teoricamente, está vedado, por razões de segurança;  mas um buraco na rede - sempre o mesmo desde há sabe-se lá quantos anos - faculta o acesso a quantos, a troco das mais belas panorâmicas de Lisboa, por lá se vão arriscar.

Teoricamente, também, é policiado 24 horas por dia.  Mas andei por lá à vontade, tal como duas outras pessoas que andavam a fotografar panorâmicas sobre Lisboa, sem ver quem quer que fosse a guardar fosse o que fosse.





Diz-se que a recuperação custaria duas dezenas de milhões, milhões esses que a Câmara não parece ter para gastar.
Digo gastar, e não investir, porque a estrutura não parece, de facto, ter grande viabilidade económica, pelo menos na área da restauração, do bingo, como escritório, até como armazém, que tudo isto já terá sido;  ou não teria, por certo, tantas vezes mudado de ramo e de gerência.
Dado que se trata de um ponto especialmente estável da Cidade, pensarem instalar por lá a Proteção Civil - o que haveria de ter a sua piada, quanto mais não fosse para ver como é que iam fazer para pôr carros de bombeiros carros de bombeiros a circular por aquela miserável estradinha...
Estará o edifício classificado, não podendo, por isso, ser demolido?

Não passa, assim, de uma incomodidade para a CML, que não sabe como se livrar daquilo.

Mas há quantos anos anda a Câmara a falar
e a dar entrevistas sobre o assunto ?

The less you intend to do about something, the more you have to keep talking about it..
"Yes, Minister" - "Sir Arnold Robinson"


Entretanto, nesta Lisboa que pretende, segundo dizem, desenvolver cada mês mais o Turismo, onde os hotéis nascem como cogumelos,
ali está aquele mono, bem visível de quase toda a nossa turística Cidade.
Um apocalíptico monumento à inércia,
à incapacidade para gerir,
à pusilanimidade política,
a um marketing sumamente ineficaz.



Se não sabem o que lhe fazer, salvem os painéis e os azulejos e arrasem-no, mas... tirem aquilo dali !

Ou salvem-no, se puderem.

Ou tapem tudo aquilo !

Mas respeitem-no, pelo menos, por aquilo que algum dia foi, pelas recordações que em alguns deixou.


Como nota de rodapé, direi que passei, há dias, pelo nobre edifício onde trabalha a nossa esforçada Edilidade.

À porta, uma faixa gritava: "A PINTURA ANTES DE TUDO".

Tratava-se de uma exposição comemorativa do centenário do nascimento, precisamente, do pintor Luís Dourdil.

"Jornal do Centenário", apenas uma breve referência ao trabalho do Mestre no Restaurante Panorâmico de Monsanto, mas nada de reprodução dos murais.

Adivinhem lá porquê...


As fotografias que vos trago foram, todas elas, obtidas em meados de Agosto de 2015.

Aqui ficam mais umas quantas, para ver e meditar.

Sem mais palavras, que as imagens falam mais alto.













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Alguns Links:
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